ABSTRACT
Com o objetivo de estudar o atendimento nas clínicas de exodontia da Faculdade de Odontologia da UFMG, selecionou-se 198 pacientes atendidos durante o período letivo de 2002, sendo 44,6 por cento do sexo masculino. As médias de idade para os sexos masculino e feminino foram respectivamente , de 38,7 por cento (dp +-16,1) e 35,1 (+-13,2) anos sem diferença estatisticamente significativa (T=1,68; P=0,09). Enquanto 43,4 por cento dos pacientes não concluíram o primeiro grau, apenas 17,2 por cento concluíram o segundo grau e 8,6 por cento declaram-se analfabetos. As atividades profissionais mais citadas foram: estudantes (16,2 por cento), técnicos de nível médio (16,2 por cento) e profissionais de serviços gerais e mão de obra não especificada (13,1 por cento). Entre os homens as atividades mais relacionadas foram: trabalhadores da construção civil e assemelhados (20,5 por cento) e os técnicos de nível médio (20,5 por cento). Entre as mulheres as atividades do lar não remuneradas (26,4 por cento) e as trabalhadoras de serviços domésticos (15,3 por cento) foram as profissões mais relacionadas. Os molares permanentes foram os dentes mais extraídos e a cárie e suas seqüelas o principal motivo para as exodontias. Não ocorreram complicações trans e pós-operatórias e, cerca de 87,0 por cento dos atendimentos e a maioria dos pacientes (66,2 por cento) não relatou dor pós-operatória. Os resultados permitem cocluir que apesar dos avanços da Odontologia ainda é grande o número de dentes extraídos em função da cárie e suas seqüelas e da falta de condições para a realização de um tratamento conservador. O número de exodontias poderia ser reduzido mediante um programa eficaz de prevenção, sendo necessário instituir-se protocolos para atendimento na FOUFMG